Tem um tempo que eu queria escrever sobre o esquema nome da igreja/nome de casa, mas sempre esquecia... mas o Rodrigo e a Helga perguntaram no blog da Neda sobre a confusão que isso gera e eu tinha de acrescentar algo ao debate :)
Sim, dá uma confusão danada... vale lembrar que até uns 10/15 anos aqui era como Portugal, e todo mundo tinha nome normal (Manuel, Joaquim, Raimundo, José, Maria, Rosa, Aparecida, Ana, etc...), salvo um ou outro cujo pai ia morar/tinha morado nos EUA e ficava criativo...
E como isso aqui é uma ilha onde quase todo mundo é primo, tem um número limitado de sobrenomes... A família Pina, por exemplo, é IMENSA! Ou seja, poucos nomes e sobrenomes geravam uma multidão de homônimos. José da Silva é piaba perto daqui... O tal "nome de casa" é essencial pra reconhecer as pessoas.
Então, quando você lê no jornal o obtuário do pessoal mais velho, é MUITO interessante, por que é algo como: "Faleceu Maria José de Pina, conhecida como Nhá Coquete, esposa de José Maria de Pina, conhecido como Nhô Pimpão e mãe de Antônio de Pina e Ana de Pina, e que trabalhou muito tempo na funerária Descanso Eterno e morava na casa amarela na rua por trás da Venda da Dona Aninha, no bairro do Plateau, Ilha de Santiago, Praia. Missa amanhã as 9:00h"
Parece exagero, mas eu vou pegar uns que eu tenho por aqui colecionados e posto depois...
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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2 comentários:
Obituários colecionados.. essa eu não leio todo dia :P
Ola caro Amigo João Marcelo. Aqui quem vós fala é André Xenofonte. Hoje o Rodrigo esteve aqui em casa e me falou do seu nobre blog o qual acabei de ler de cabo a rabo. Muito legal você estar compartilhando suas aventuras em Cabo Verde. Me manda depois um email com seus contatos (fones, mail, msn). E você ainda esta me devendo o paint ball aqui em Fortaleza
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