terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Dona Neda Stewart

Dona Neda publicou no blog dela o link pra uma matéria bem legal com dicas da Marta Stewart pra receber bem... a maioria a gente já aplicava, alguns eu acho frescura, mas é bem interessante e vale a leitura...

A verdade é que a maioria é bom senso... ter cópias das chaves, dicas de programação, etc... mas se é a Marta que está dizendo, tem mais peso, né?

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O carro é de quem?

Diálogo surreal da semana:

Frentista: Tá cheio...
Eu: Impossivel... estava completamente vazio, e você só colocou nove litros...
Frentista: Disparou aqui, então deve estar cheio... seu contador deve estar com problema.
Eu: Mas eu estou rodando com o mesmo tanque tem 10 dias... o odômetro tá dizendo que eu rodei mais de 350km!
Frentista: Ligue ai que o senhor vai ver...
Eu: Mas você quer saber mais que eu, que sou dono do carro, e ando nele todo dia? Coloque logo o resto, eu garanto...
Frentista: (silêncio, me encarando...)

Eu, muito puto, ligo o carro e mostro o marcador de combustivel... menos de 1 quarto de tanque cheio... e o mané finalmente aceita completar...

Depois narro outro caso do atendimento exemplar aos clientes em Praia, que rolou no Calu e Angela antes do Natal... bizarro!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Finalmente, um lugar pra ir...

Notícia meio velha, mas pra quem vem visitar Praia a cidade agora tem um novo restaurante, o "Lótus", um restaurante indiano... e a comida é ÓTIMA.

Eu fiquei muito satisfeito, confesso, porque com a saida de cena do "Cape", um café que pertencia a um britânico e que infelizmente depois de vendido está igual a todos os outros cafés e restaurantes de Praia, a gente simplesmente não tinha mais um lugar "diferente" pra ir...

Pra mim, é esse o grande defeito de Praia... não tem restaurantes variados... ou é comida portuguesa ou caboverdiana, que pro meu limitado paladar é quase igual a portuguesa :P

Então acaba que todos os restaurantes tem os mesmos pratos, e a gente se afoga num mar de grelhados, arroz e batatas fritas.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Taxistas from Hell!

Mais uma da minha série "birra contra o tráfego em Cabo Verde"...

Pra entender porque os taxistas estão no centro do problema, tem de conhecer Praia...

Em uma cidade com pouco mais de 120 mil habitantes, deve ter cerca de 1500 táxis...

Não existem pontos de táxis na cidade, nem serviço de rádio-taxi.

Boa parte dos taxistas não é profissional... surgiu uma vaga num táxi, ele precisava de emprego e pegou...

A maior parte dos taxistas não é dono dos carros que dirige.

Ninguém liga o taximetro, e o taxista prefere bater boca e perder a corrida a ligar a bendita máquina...

E nem adianta discutir que você já fez a mesma corrida naquele dia, e pagou menos... se ele colocou na cabeça que o valor é X, ferrou... é bate-boca certo

Sem cliente no carro, eles andam a toda velocidade, falando no celular e de rádio ligado, mas basta um cliente entrar que eles reduzem a 5km/h, pra corrida durar mais...

E haja paciência...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

They, the people...

Bom, depois de falar das estradas, nada mais justo que falar das pessoas, né?

Fazendo a matemática, eu notei que eu nunca estive nos EUA durante um governo republicano... coincidência ou não, minha impressão dos americanos sempre foi positiva. Talvez se eu tivesse visitado durante a era Bush fosse diferente, mas nos períodos Clinton e Obama, os dois únicos presidentes negros dos EUA, o país todo parece mais relaxado, mais calmo.

Tem também o fato de ter morado no interior, nada contra os guetos étnicos, as `hoods e os barrios das grandes cidades, mas pra mim o "american way of life" de verdade é o das pequenas cidades, particularmento do meio-oeste. É meio que o americano de filme, entende? Eu sou um bicho urbano, e não conseguiria viver longe de um grande centro por muito tempo, mas sei apreciar o espírito da coisa...

Meu verdadeiro motivo pra viajar pros EUA era que eu queria visitar minha familia hospedeira, que eu apesar de manter contato, não via a quase 12 anos... e foi muito legal chegar na cidadezinha onde eu morei, ou na cidade onde minha irmã mora hoje, e ver que apesar de muito ter mudado, o feel de cidade pequena era o mesmo, e eu ainda conseguia me sentir em casa. Foi legal demais ver a Neda e o Gui se entendendo com minha familia americana, como se já se conhecessem a séculos. Sentar na sala da minha irmã, ou na cozinha dos meus pais, e contar histórias e rir das maluquices da viagem, como se eu tivesse ido embora só uma semana antes, foi sensacional.

Os americanos são um povo estranho... eles conseguem ser totalmente extremistas, pra direita OU pra esquerda, mas ainda assim abraçam uma variedade de idéias e opiniões que dificilmente se vê fora de lá. É muito fácil ver duas pessoas com opiniões políticas radicalmente diferentes sentados numa mesa tomando uma cerveja e simplesmente concordando em discordar. Depois do fim do regime Bush, é até aceito existir oposição e correntes discordantes, sem que se cogite fazer acusações de traição!

Eu e meu irmão hospedeiro, o Steve, somos um bom exemplo... Eu sou quase um libertário na maioria das coisas, e ele é o cara doido que comprou terras numa montanha do Colorado e estocou mantimentos e munição na época do bug do milênio. Mas nós dois somos fâs de cinema "non-sense" e adoramos "Shauw of the Dead". Graças a uma dica minha ele está louco pra ver "Goodbye Lenin"! E ambos concordamos que é meio loucura os EUA solicitarem todos os lotes de vacinas pra H1N1 de laboratórios chineses, ainda mais quando quem recebe vacina primeiro são os militares! O Steve questiona os desdobramentos estratégicos, já eu me preocupo por que isso tem a maior cara de receita pra um grande "Zombie Outbreak"!

O grande problema acaba sendo porque o americano é muito bitolado... Na verdade isso nem chega a ser um problema, fora pra nós, brasileiros, que somos acostumados com o "jeitinho" pra tudo. É bem difícil convencer um americano a quebrar as regras, mesmo que um pouquinho, e nisso eles são sim um pouco limitados. Mas as regras existem, e a gente devia tentar ver as coisas pelo lado deles também. Mas quando a gente se acostuma com isso, fica bem mais fácil negociar. Na verdade, com uma boa lábia e um pouco de "pensamento lateral", não teve quase nada que a gente não conseguiu fazer nos EUA, mesmo quando era um pedido pouco ortodoxo (móveis extras no quarto do hotel, liberar o Gui num passeio no parque de diversões, alterações num prato num restaurante ou simplesmente pedindo que lavassem a mamadeira do menino).

E a simpatia das pessoas na rua me supreendeu... do pessoal da imigração, que são o terror dos brasileiros, mas conosco foram um doce, à policiais em Nova York, que simplesmente puxaram papo e quando eu vi estavamos conversando sobre a copa 2014 no Rio! Era coisa de começar um papo num táxi, rolar um mini-tour e o taxista não querer cobrar a corrida (claro que eu paguei mesmo assim). O Guilherme era campeão em "ganhar" as pessoas, do nada... eu contei 5 ou 6 ocasiões diferentes, em pelo menos 4 cidades, em que simplesmente DERAM coisas pro moleque... de brinquedos à comida. Chegar num parque (Candyland) e não cobrarem a entrada dele, apesar dele ter idade pra pagar! Deve ser porque ele é fofo, porque quando eu morei lá, nunca me deram nada!

Anyway, pra mim, no fim, valeu a pena o dinheiro gasto não porque a gente viajou muito, ou viu muita coisa (e olha que vimos), mas porque a Neda, que tinha lá suas reservas com os EUA e os americanos, terminou a viagem encantada e com impressão super positiva, ainda que achando os americanos meio estranhos... E eles são, mas estranhos simpáticos :) E o Guilherme até hoje pergunta dos primos George e Emma :)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Finalmente, América...

Bom, enfim juntei tempo e inspiração pra escrever algo sobre nossa viagem... mas decidi fazer diferente... vou por temas, em vez de cidades... vou falar das coisas que me chamaram a atenção, ou que eu gosto nos EUA...

Então decidi começar com "Dirigindo na América"...

Eu já tinha dirigido um pouco nos EUA, quando estava fazendo intercâmbio, ai nos idos de 1995, e de novo quando visitei minha familia hospedeira, em 98... mas bem pouco mesmo, e sempre o carro dos outros...

Dessa vez eu sabia que iamos ter de rodar bastante, e a opção ficava entre voar (o que ia custar os tubos e ainda obrigava a alugar carro em vários momentos) ou simplesmente alugar um carro por um mês.

Rapidamente ficou claro que era bem mais em conta alugar o carro, e dava mais liberdade pra gente. Fiz tudo pela net, e é MUITO barato... menos de 1200 dolares por um mês de uso, incluindo impostos, seguro e GPS.

A mamata é que eles tentam te assustar com milhares de taxas, o que aumentaria BASTANTE o custo... mas quem tem cartão de crédito quase sempre tem seguro adicional que cobre aluguel de carro, então nem precisa ter muito medo...

E o atendimento ao cliente da AVIS é excelente... durante nossa viagem precisamos trocar de carro (que ficou pequeno pra bagagem) e de GPS (que simplesmente pifou) e bastou chegar na loja mais próxima que eles fizeram tudo sem pestanejar nem cobrar adicional, tudo orientado pelo telefone. Não ter de pagar extra pelo carro foi uma supresa fantástica! Ou seja, aluguei um compacto (que nos EUA é do tamanho de um Astra) e troquei depois de 12 dias numa SUV da Dodge, bem maior, sem pagar mais nada...

Mas falando sobre dirigir mesmo...

É muito bom e muito fácil... as estradas são, via de regra, muito boas, e super bem sinalizadas. Dá até pra se virar bem sem o GPS, mas o aparelhinho facilita tanto a vida que eu nem recomendo sair de casa sem ele...

Normalmente se dirige rápido, até porque as estradas largas, bem asfaltadas e com poucas curvas favorecem... Eu tentava, no começo, me manter abaixo do limite de velocidade, mas depois de levar muita buzinada, desisti... 5 milhas acima do limite, segundo meu pai americano, é razoavel, pois evita as buzinas e não é rápido demais, além de ser ignorado pela maioria dos policiais... 10 milhas acima do limite dá certo, mas vc já se arrisca a levar uma multa...

Eu costumava ficar mais perto das 10 milhas, e até abusei um pouco as vezes (95 mph foi o máximo que eu ousei), e não tive problemas, apesar de ver inumeros carros serem parados pela polícia nesses 28 dias que ficamos lá... Os meganhas pegam mesmo lá...

E ainda pegam pouco... eu vi menos pardais que nas grandes cidades no Brasil (e achei ótimo isso!), e o que tem de neguinho multitasking no volante é impressionante... A maioria dos estados não proíbe falar no telefone ao volante (pra se ter uma ideia, Pensilvânia tem a lei proibindo mais recente, de janeiro, salvo engano, e estava em meio a uma campanha pra fazer os motoristas comprarem "handsfree" pro carro, e o cartaz de "don´t text and drive" em New Jersey é das coisas mais hilárias EVER). Meu produto favorito é o laptop mount pro volante!

O melhor é o aviso: Não use enquanto dirige! NO SHIT!! REALLY? Não vi ninguem usando um desses, até porque teria batido o carro de tanto rir... mas tudo é possível :D

Então minha listinha:

Pior lugar pra comer na estrada: Nathan´s (Uma rede de cachorro-quente de NJ/NY)
Melhor lugar pra comer na estrada: IHOP (International House of Pancakes RULES)
Melhor estrada: NY->DC
Pior Estrada: Vincennes->Columbus
Melhores Rest Areas: Virginia
Melhores Rest Areas: Ohio
Pior trânsito: Saindo de DC, passando por Maryland... a partir das 15hs é um inferno...
Melhor trânsito: Entre Columbus e Hershey
Cidade Favorita: Philadelphia
Pior Cidade: Columbus (mas por falta do que fazer mesmo, e não gostei de dirigir lá)
Melhor surpresa: Washington não é mais a cidade mais violenta dos EUA, e continua linda...
Melhor surpresa 2: Hershey, PA - Chocolate City, USA!
Melhor surpresa 3: Nashville, TN - Linda e hospitaleira...
Melhor Hotel: O Sheraton em Nashville... weekend super deal é o que há!
Pior Hotel: Carowinds Plaza, perto de Tega Cay, SC - A visita foi maravilhosa, mas saca aqueles hoteis que foram muito chiques, uns 15/20 anos atrás? As camas eram muito boas, mas o hotel estava precisando de updates urgentes...
Lugar Favorito do Gui: Candy Land, em Hersey
Lugar Favorito do Gui 2: Discovery Place, em Charlotte

Milhas viajadas: cerca de 2300 milhas, ou uns 3800 km, em umas 36 horas ao volante


Exibir mapa ampliado

Em resumo, foi legal demais... e logo eu devo voltar pra falar de mais coisas :)

domingo, 6 de dezembro de 2009

O inglês vive!

Lembram do Graham? O inglês que ficou preso em Cabo Verde por mais de um mês esse ano?

Bom, imaginem minha surpresa quando vi um email dele na minha caixa hoje! Ele está vivo, bem, e ainda enrolado na áfrica... aparentemente, aqui é pague pra entrar e reze pra sair... desde Cabo Verde ele já visitou mais uns 20 países, e tem histórias fantasticas lá...

Pra quem não conhece: The Odyssey Expedition

Peixe fora d'água, na água...

Hoje fomos fazer, finalmente, nosso batismo de mergulho no mar...

Deixa dizer, antes de mais nada, que a beleza da fauna e flora marinhas de Cabo Verde me surpreendeu... maravilhoso mesmo...

Menos de 50 metros fora da praia mais movimentada da cidade, tinha cardumes inteiros, corais e trocentas variedades de peixes.... se você é mergulhador, e nunca esteve aqui, deveria vir conhecer...

Mas não é pra mim... e nem pra Neda... eu fiquei mareado rapidinho, e alimentei todos os peixinhos da área com meu almoço... e o joelho da Neda não sustentou o esforço pra chegar nos locais de descida...

Fica a recomendação do serviço, MARAVILHOSO mesmo, do pessoal do Hotel Praiamar, chefiados pelo Nuno. Profissionais, simpáticos e compreensivos. Ficou rapidamente claro que apesar da escola ser NO hotel, não é DO hotel :P

Anyway, valeu a tentativa!